A Lei de Ferro dos Salários, também conhecida como Lei de Bronze dos Salários, foi popularizada por Ferdinand Lassalle, mas possui antecedentes em pensadores como Turgot, Malthus e Ricardo. Essa concepção sugere que os salários tendem a oscilar em torno do "mínimo indispensável", ou seja, o valor mínimo necessário para que os trabalhadores e suas famílias possam subsistir. Essas oscilações salariais seriam influenciadas pelas mudanças na oferta e demanda de trabalho. No entanto, os salários não poderiam se manter por muito tempo acima desse mínimo, pois isso resultaria em um aumento da população trabalhadora e pressionaria os salários para baixo. Por outro lado, se os salários caíssem abaixo desse nível mínimo, a miséria se generalizaria e a população tenderia a estagnar ou diminuir, o que levaria a um aumento dos salários novamente.
Ao refletir sobre a Lei de Ferro dos Salários, é importante considerar as implicações sociais e econômicas dessa concepção. Ela levanta questões sobre a relação entre oferta e demanda de trabalho, bem como os desafios enfrentados pelos trabalhadores na busca por melhores condições salariais. Embora criticada por Marx e outros pensadores, essa ideia teve influência significativa na história do pensamento econômico e social. Ainda hoje, o debate em torno dos salários e da distribuição de renda continua relevante, destacando a importância de se buscar um equilíbrio justo e sustentável entre os interesses dos trabalhadores e das empresas.